30 junho 2010

Esporte Anos 80

“Os 80 fazem 30”, temática da II Semana de Línguas abrange todos os aspectos culturais da época, como não poderia faltar e ainda mais em período de Copa do Mundo, se faz necessário também englobar o esporte no período oitentista.
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De 16 a 18 de junho, no Campus Ipanguaçu do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), ocorreu a Semana de Línguas, que destacou a década de 80, tanto a nível nacional quanto mundial. Essa década mereceu destaque por revoluções sócio-políticas e econômicas, além de mudanças musicais e diversos estilos de destaque e estudos até hoje. Não esquecendo também do esporte, que nos anos 80 também ficou marcado na história.
Fatos importantes aconteceram no meio esportivo, que devem ser citados para entender o desenvolvimento do espaço no âmbito esportivo tal como está nos anos atuais.
Em julho de 1980, por exemplo, ocorreram as Olimpíadas de Moscou (União Soviética), onde os Estados Unidos boicotaram os Jogos Olímpicos por motivos políticos e que contaram com a participação de 5.179 atletas de 80 nações, sendo o mais baixo índice de comparecimento aos Jogos Olímpicos desde Melbourne, em 1956. O boicote americano fez parte de um conjunto de ações destinadas a protestas contra a invasão soviética do Afeganistão ocorrida um ano antes, onde devido à contradição ao ultimato dado pelo presidente americano Jimmy Carter pela União Soviética, não retirando suas tropas militares do Afeganistão, os atletas desistiram da competição após desfilarem na cerimônia de abertura.
Já em 1982, houve a realização da Copa do Mundo de Futebol na Espanha, onde a Itália consagrou-se campeã, sendo a primeira Copa do Mundo com 24 seleções disputando. Já os brasileiros e franceses tiveram seu brilho ofuscado pela luminosidade da força dos italianos e alemães. A seleção de 82 de Zico, Sócrates, Falcão, Cerezo e Júnior, apesar de ter sido derrotada nas quartas-de-final, até hoje ainda é considerada a segunda melhor equipe brasileira de todas as copas. Tendo em sua média de público 1.856.277 expectadores, com média de gols de 2,81 e sendo Paolo Rossi (Itália) o artilheiro da competição com 6 gols.
Em 1983, Nelson Piquet tornou-se bicampeão mundial de Fórmula 1, representando a equipe Brabham, que proporcionou ao mesmo um carro bastante competitivo e preparado mecanicamente. Ele lutou até a última corrida do ano, o GP da África do Sul, Kvalami, contra o francês Alain Prost, chegando em 3º lugar na prova, tenso Prost a abandonado. Com isso, Piquet atingiu a marca de 59 pontos, conseguindo o bicampeonato mundial. 
Em 1984, ocorreram os Jogos Olímpicos de Los Angeles, nos Estados Unidos, onde houve a retaliação soviética, quando os países da Cortina de Ferro e do mundo comunista também aderiram ao boicote. Os jogos, segundo Peter Ueberroth (presidente do Comitê Organizador), proporcionaram lucro de 200 milhões de dólares, além do lucro indireto à própria cidade. Com participação recorde de 6.829 atletas (1.566 mulheres, outro recorde) e 140 países, esses jogos afastaram de vez o risco de extinção ocasionado pelos jogos de Montreal, mostrando que um bom senso na administração financeira traria a possibilidade econômica para os países sediarem esses jogos.
              
Comandada por Maradona, a principal rival da seleção brasileira, a Argentina, tornou-se campeã da Copa do Mundo de 1986, realizada no México.Sendo a 13ª copa disputada, contando com a participação de 113 países. Os problemas econômicos da Colômbia, que seria a sede desta copa, fez com que a copa fosse oferecida ao Brasil, entretanto, o governo de José Sarney recusou a oferta; sendo aceita pelo México onde nem mesmo os terremotos um ano antes do mundial colocaram em risco a realização da copa, que teve um público de 2.393.331 expectadores e retirou a seleção argentina da crise à qual passava no âmbito futebolístico.
Em Seul, na Coréia do Sul, ocorreu a realização das Olimpíadas, onde a maioria dos países filiados ao Comitê Olímpico Internacional (COI) voltou a participar em peso nos Jogos Olímpicos. Sucedendo os boicotes sucessivos, enfim houve a participação das maiores potências do esporte, com exceção apenas de Cuba. A maior preocupação em torno desses jogos se dava pela falta de apoio popular do governo da Coréia do Sul e a situação de constante hostilidade com a vizinha Coréia do Norte, que liderou um boicote, juntamente com Cuba, Etiópia e Nicarágua, onde os mesmos não participaram do evento. Houve, ainda, um escândalo que veio a manchar a imagem olímpica, onde o atleta Bem Johnson, recordista dos 100m rasos no atletismo, venceu a prova mas, logo em seguida, o exame antidoping detectou o uso de esteróides anabolizantes ocorrendo, então, sua desclassificação.
Os marcos históricos dos anos 80 são muitos e com estes, vemos ainda que o espaço social e político entrou surtindo conseqüências que reduziam a magnitude dos eventos esportivos na década oitentista, entretanto, isso não prejudicou em suma o acontecimento dos mesmos que também ajudaram nas mudanças positivas com protestos difundidos entre delegações e expectadores.


Por Ranielton Silva

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